Panteísmo
Por Ana Lucia Santana
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A expressão ‘Panteísmo’ deriva do grego
‘pan’, que tem o sentido de ‘tudo’; e de ‘theos’, que significa ‘Deus’. Desta
forma este termo se traduz aproximadamente por ‘tudo é Deus’. Segundo esta
doutrina, Deus está presente em todo o Universo, em cada
elemento; ela defende igualmente a existência de várias divindades ligadas aos
mais variados componentes da Natureza.
De acordo com os panteístas, Deus seria, em relação
ao todo, a cabeça, enquanto o Cosmos seria seu aspecto corporal. E convivem
igualmente a crença em um único Ser Supremo, e a certeza da existência de
diversos deuses conectados aos elementos naturais. Esta doutrina conjuga a
esfera mental à dimensão material,
e percebe nesta identidade a natureza divina.
O perecível e o eterno se confundem, pois são
redutíveis um ao outro, embora se manifestem de forma diferente no plano da
realidade, como faces distintas do mesmo evento. O universo, para o Panteísmo,
não tem princípio, sendo assim auto-existente; mas pode, com certeza, sofrer
mutações. O principal aspecto desta doutrina, porém, é que Deus existe em tudo,
em todas as coisas, permeando completamente a sua Criação.
Por outro lado o Panteísmo também se traduz por
uma visão mais objetiva, a qual acredita que o mundo tem uma alma, ou um
sistema inerente a ele. Normalmente a doutrina panteísta se identifica com o
ponto de vista místico, pois seus seguidores nada mais desejam do que se
conjugar à Divindade.
A palavra ‘panteísta’ foi utilizada
originalmente por John Toland, em 1705. Algum tempo depois, porém, esta
denominação foi contestada por Fay, que preferiu batizá-la de ‘Panteísmo’,
expressão até hoje adotada por quem se refere a este corpo teórico. Os
panteístas não pregam a crença em um Deus que criou o Cosmos, nem vê Nele um
Ser que em tudo intervém. Eles apenas percebem na realidade a expressão divina.
Há vários tipos de Panteísmo, sendo os
principais o Cósmico, no qual se parte da visão da existência perecível,
transitória, permeada pela presença de Deus; o Acósmico, contrário a este, que
principia sua compreensão percebendo a dimensão divina, concluindo que ela
constitui todo o real; o Hilozoísta, para o qual a divindade é a principal
característica do mundo, movendo sua existência; Imanentista, que prega a
integração imanente de Deus ao Cosmos; o Monista Absolutista, segundo o qual a
divindade é ao mesmo tempo superior ao mundo e semelhante a ele; Monista
Relativista, de acordo com o qual o Universo é concreto e se modifica, enquanto
a divindade se mantém inalterável.
O Panteísmo é uma das diretrizes religiosas
vigentes no Ocidente que mais se identificam ao pensamento filosófico oriental,
como o Budista, o Janista, o Taoísta
e o Confucionista. O Panteísmo não explica os eventos aparentemente naturais,
como a Criação do Universo, o princípio da existência, como provindos de um Ser
Supremo.
Para esta doutrina, Deus se identifica com o
Cosmos. Os panteístas não adotam locais sagrados e a única norma que seguem é a
Lei Natural, vigente também no âmbito da Ciência.
Extraído site
Infoescola
MONOTEÍSMO
Significado
de Monoteísmo
s.m. Crença em um só Deus. (As três grandes
religiões monoteístas são o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, embora este
último negue a referida designação ao cristianismo, por sua doutrina da
Trindade. Algumas seitas cristãs são exclusivamente monoteístas e negam o dogma
da Trindade, como os monarquianos.)
O monoteísmo (do grego: μόνος, transl. mónos, "único", e θεός, transl. théos, "deus": único deus) é a crença na existência de apenas um só Deus. Diferente do politeísmo que conceitua a natureza de vários deuses, como também diferencia-se do henoteísmo por ser este a crença preferencial em um deus reconhecido entre muitos.
O monoteísmo (do grego: μόνος, transl. mónos, "único", e θεός, transl. théos, "deus": único deus) é a crença na existência de apenas um só Deus. Diferente do politeísmo que conceitua a natureza de vários deuses, como também diferencia-se do henoteísmo por ser este a crença preferencial em um deus reconhecido entre muitos.
A divindade, nas religiões monoteístas, é
onipotente, onisciente e onipresente, não deixando de lado nenhum dos aspectos
da vida terrena.
São exemplos de religiões
monoteístas:
Definição
e variedades
Para mais informações, veja: Religião comparada, Concepções de Deus, e Teísmo
Monoteísmo é a crença em um Deus singular, em
contraste com o politeísmo, a crença em várias divindades.
Politeísmo é, no entanto, conciliável com o monoteísmo inclusivo ou outras
formas de monismo;
a distinção entre monoteísmo e politeísmo não é clara nem objetiva.
O henoteísmo
envolve a devoção a um deus único, ao mesmo tempo em que aceita a existência de
outros deuses. Embora semelhantes, ele contrasta drasticamente com o
monoteísmo, a adoração a uma divindade única independente dos litígios ontológicos
referentes à divindade.
O monoteísmo é frequentemente contrastado com o dualismo
teísta (diteísmo). No entanto, nas teologias dualista, como o Gnosticismo,
as duas divindades não são de igual valor, e o papel do demiurgo
gnóstico é mais parecido com o de Satanás
na teologia cristã do que uma diarquia em condições de igualdade com Deus (que é
representado em uma forma panteísta, como a Pleroma).
O monoteísmo pode envolver uma grande variedade
de concepções de Deus:
- O deísmo postula a existência de um único deus, o criador de tudo na natureza. Alguns deístas acreditam em um deus impessoal que não intervém no mundo, enquanto outros deístas acreditam na intervenção através da Providência.
- O monismo é o tipo de monoteísmo encontrado no Hinduísmo, englobando o panteísmo e o panenteísmo, e ao mesmo tempo, o conceito de um Deus pessoal.
- O panteísmo sustenta que o Universo em si é Deus. A existência de um ser transcendente estranho à natureza é negado.
- O panenteísmo é uma forma de monoteísmo monista, que sustenta que Deus é todo da existência, que contém, mas não é idêntico ao, Universo. O único Deus é onipotente e onipresente, o universo é parte de Deus, e Deus é tanto imanente quanto transcendente.
- O monoteísmo substancial, encontrado em algumas religiões indígenas africanas, sustenta que os inúmeros deuses são formas diferentes de uma única substância subjacente.
- O monoteísmo trinitário é a doutrina cristã da crença em um Deus que é três diferentes pessoas; Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Origem
e desenvolvimento
A palavra monoteísmo é derivado do grego μόνος (monos) que significa
"único" e θεός (theos) que significa "divindidade".
Alguns autores como Karen
Armstrong acreditam que o conceito de monoteísmo obteve um
desenvolvimento gradual das noções de henoteísmo
(adorar um deus único, aceitando a existência, ou possível existência, de
outras divindades) e monolatria (o reconhecimento da existência de muitos deuses,
mas com a adoração consistente de uma única divindade). No entanto, a
incidência histórica do monoteísmo é tão rara, que é difícil apoiar qualquer
teoria da evolução natural das religiões do politeísmo ao henoteísmo e
monoteísmo.
Dois exemplos de monolatria desenvolvidos a
partir do politeísmo são o culto a Aton no reinado do faraó
egípcio
Aquenáton,
bem como a ascensão de Marduk da Babilônia à reivindicação da supremacia universal.
No Irã, o zoroastrismo,
Ahura Mazda
aparece como uma divindade suprema e transcendental. Dependendo da data de Zaratustra
(normalmente por volta do início da Idade do
Ferro), este pode ser um dos primeiros casos documentados de
surgimento de uma religião protoindo-europeia monista.
No Antigo
Oriente, cada cidade tinha uma divindade padroeira local, tais como Shamash
em Larsa
ou Nanna
em Ur. As primeiras alegações
da supremacia global de um deus específico data da Idade do
Bronze, com o Grande Hino a Aton de Aquenáton
(Sigmund Freud,
em Moisés e o Monoteísmo,
especula que esteja ligado ao judaísmo).
No entanto, a data do Êxodo
é contestada, e não é definitivo se o evento do Êxodo bíblico ocorre antes ou
depois do reinado de Aquenáton. Além disso, não está claro até que ponto o
atonismo de Aquenáton foi monoteísta ou henoteísta, com o próprio Aquenáton se
identificando com o deus Aton.
Correntes do monismo e monoteísmo surgiram na Índia védica mais cedo. O Rig Veda
apresenta noções de monismo, em particular no décimo livro, também datado da Idade
do Ferro, na Nasadiya sukta.
O monoteísmo filosófico e o conceito associado
de bem e mal absolutos emergiram no Zoroastrismo
e judaísmo,
mais tarde culminando nas doutrinas da cristologia
no cristianismo primitivo e mais tarde (por
volta do século VII) na tawhid do Islã. Na teologia islâmica, uma pessoa que
espontaneamente "descobre" o monoteísmo é chamado de hanif, sendo que o Hanif
original foi Abraão.
O antropólogo e padre austríaco Wilhelm Schmidt, em 1910,
postulou a teoria do Urmonotheismus, "monoteísmo
primitivo" ou "original", onde a humanidade primitiva teria sido
originalmente monoteísta.
Religiões
abraâmicas
A principal fonte do monoteísmo no mundo
ocidental moderno é a narrativa da Bíblia Hebraica, a escritura de judaísmo.
Abraão
é o primeiro dos Patriarcas bíblicos e fundador do monoteísmo
dos hebreus. As origens do judaísmo relaciona-se com a história dos reinos de
Judá e de Israel da Idade do Ferro, 1.000-586 a.C. Ambos os reinos tinham Jeová
como sua divindade (ou seja, o deus da corte real e do reino), ao mesmo tempo
em que adoravam muitos outros deuses. No século VIII, a propaganda real dos
assírios defendia o domínio universal (o que significa o domínio sobre todos os
outros deuses) do deus assírio Ashur. Em reação a isso, certos grupos em Israel
enfatizaram o poder único de Javé como um sinal da independência nacional.
Quando Israel foi destruída pela Assíria (721 a.C.), refugiados trouxeram a
ideologia do Jeová único para Judá, onde se tornou a ideologia do Estado
durante os reinados de pelo menos dois reis. Nesta fase (final do século VII),
o culto a Jeová de Judá não era estritamente monoteísta, mas Jeová foi
reconhecido como supremo sobre todos os outros deuses.
A próxima etapa começou com a queda de Judá para
a Babilônia, em 586 a.C., quando um pequeno grupo de sacerdotes e escribas
reunidos em torno da corte real exilada desenvolveu a primeira ideia de Javé
como único deus do mundo. A tendência em direção ao monoteísmo foi acelerada
pela queda da Babilônia para os persas em 538, o que permitiu aos exilados
assumir o controle da nova província persa de Judá.
O cristianismo,
originalmente uma seita dentro do judaísmo, surgiu como uma tradição religiosa
distinta durante os primeiros séculos da era moderna. Sua versão do monoteísmo
foi distinta daquela do judaísmo na medida em que ele desenvolveu o conceito de
que o único deus (não mais chamado de Jeová) tinha três "pessoas" - a
doutrina da Trindade. O Islã surgiu no século VII d.C.
como uma reação ao cristianismo e ao judaísmo, com base em ambos, mas com uma
versão do monoteísmo baseado no do judaísmo.
Visão
Bahá'í
Os Bahá'ís acreditam em um único Deus, o criador
de todas as coisas, que incluem todas as criaturas e forças do universo. A
existência de Deus é conceituada como eterna, não tendo começo ou fim. Embora
inacessível e incognoscível, Deus é tido como consciente de Sua criação, com
vontade e propósito. Os Bahá'ís acreditam que Deus expressa Sua vontade de
várias maneiras, incluindo uma série de mensageiros divinos referidos como
Manifestantes de Deus ou algumas vezes como educadores divinos. Essas manifestações
que estabelecem religiões no mundo, são uma forma de Deus educar a humanidade.
Os ensinamentos Bahá'ís declaram que Deus
compreende tudo, por isso não pode ser compreendido. Na religião Bahá'í Deus é
frequentemente referido por títulos, como "Todo-Poderoso" ou
"Suprema Sabedoria", e há quantidade considerável de ênfase no
monoteísmo.
A Fé Bahá'í conceitua como caráter monoteísta as
maiores religiões independentes, determinando um padrão de revelação continuada
entre todas elas.
Visão
judaica
Nos treze fundamentos da fé judaica, segundo Maimônides,
os quatro primeiros demonstram os pilares do monoteísmo conforme a fé judaica.
O primeiro fundamento declara a existência de Deus, o segundo, que Deus é único
e que não existe unicidade como a d'Ele. No terceiro a incorporabilidade de
Deus, isentando-o de qualquer propriedade antropomórfica e no quarto fundamento
a eternidade de Deus.7
Maimônides, em seu livro "os 613
mandamentos" ensina com relação aos 1º e 2º mandamento, que os judeus são
ordenados a crer em Deus, ou seja, que há um agente supremo que é criador de
tudo e crer na unicidade de Deus, ou seja, que este criador de todas as coisas
é uno.
O Shemá Israel
(em hebraico שמע ישראל; "Ouça
Israel") são as duas primeiras palavras da seção da Torá
que constitui a profissão de fé central do monoteísmo judaico
(Devarim
/ Deuteronómio
6:4-9) no qual se diz שמע ישראל י-ה-ו-ה אלוהינו י-ה-ו-ה אחד (Shemá Yisrael
Adonai Elohêinu Ado-nai Echad - Escuta ó Israel, Adonai nosso Deus é Um).
A visão judaica é compartilhada por judeus e noahitas.
Os primeiros constituem-se dos descendentes dos filhos de Jacó,
que estão sob o pacto estabelecido no Monte Sinai,
onde a YHWH
se manifestou para toda a nação. Os segundos são constituídos por pessoas de
qualquer nação, compreendidos como filhos de Noé por viverem
um monoteísmo em concordância com os 7 mandamentos
universais que a Bíblia expõe até Noé. Desta forma, Judeus e
Noahitas praticam a mesma fé, distinguindo-se no papel distinto que cada grupo
exerce.
Visão
cristã
Na Bíblia,
o livro sagrado dos cristãos, encontra-se considerável número de confirmações
do monoteísmo. É usualmente atribuído a Deus qualidades como Onipotência,
Onipresença
e Onisciência.
Visão
islâmica
Deus (Alá) é
considerado único e sem igual. Cada capítulo do Alcorão,
exceto dois, começa "Em nome de Deus, o beneficente, o
misericordioso". Uma das passagens do Alcorão
que é frequentemente usada para demonstrar atributos de Deus diz:
"Ele é Deus e não há outro deus senão Ele,
Que conhece o invisível e o visível. Ele é o Clemente, o Misericordioso!
Ele é Deus e não há outro deus senão ele. Ele é
o Soberano, o Santo, a Paz, o Fiel, o Vigilante, o Poderoso, o Forte, o Grande!
Que Deus seja louvado acima dos que os homens Lhe associam!
Ele é Deus, o Criador, o Inovador, o Formador!
Para ele os epítetos mais belos" (59, 22-24).
Visão
zoroástrica
O zoroastrismo
é monoteísta, foi fundada na antiga Pérsia
pelo profeta
Zaratustra.
Muitos estudiosos[carece de fontes]
consideram a religião como a primeira manifestação de um monoteísmo ético;
acreditando que, da mesma forma, algumas concepções como paraíso, ressurreição
e juízo final influenciaram o judaísmo,
cristianismo,
islamismo
e outras religiões.
Religiões
dármicas
Hinduísmo
Os Vedas são os livros mais sagrados do hinduísmo. O mais antigo
deles, o Rigveda,
remonta a mais de 3000 anos atrás, e contém evidências da emergência de um
pensamento monoteísta, com conotações panteístas9
. Alguns ramos do hinduísmo, como o Arya Samaj10
e o Brahmo Samaj11
são estritamente monoteístas.
Sikhismo
O sikhismo
é essencialmente monoteísta, fundada em fins do século XV
na região atualmente dividida entre o Paquistão
e a Índia.
Os sikhs acreditam em um Deus, Onisciente, Onipresente, Supremo Criador.
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